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junho de 2000
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Arquivo
As crônicas dos meses anteriores
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30
Dupla Identidade
Correria o risco de ter que explicar por que meu comprovante de residência está no nome do meu companheiro atual, e vai que ela quisesse saber por que não mudei de nome de novo... é muita explicação para poder ter o direito de dirigir.
Claudia Letti
Artemis

29
A realidade inexiste
Não existe sem-terra, tampouco latifundiário. Somos meros donos de um pedacinho mísero de chão, equivalente a uma poeirinha mixuruquíssima, e que, no instante seguinte, já não mais existirá.
Bibi Da Pieve
O Pátio

29
Eu juro...
Existem dois tipos básicos de juramento: i) o virgem — sobre alguma coisa que ainda não foi feita; ii) o arrependido — sobre ter feito algo uma vez se comprometer a não mais fazê-lo.
Paulo Meireles Barguil
O Pátio

29
Aquelas Tardes
Nossos olhos, intérpretes, modificam sua capacidade de captação, de assimilação do meio. Os meus, fazem-me adorar certas ruas, ver nestas um brilho que talvez amanhã se dissipe.
Priscila Ribeiro Freyesleben
O Pátio

29
Insólito
Ela, cuja beleza é conservada com exercícios e plásticas, é ainda uma mulher assaz formosa. O que torna esse relacionamento, digamos, um tanto singular é o fato de que ela é sua avó paterna.
Jayson Aguiar
O Pátio

29
Alguém acredita que os estudantes foram responsáveis pelo impeachment?
Será que os ovos estão em promoção porque o Ministro Serra vem visitar meu bairro? É melhor abrir uma CPI e quebrar o sigilo bancário dele. Vão acabar encontrando uma granja superfaturada.
Fapolhas
O Pátio

29
Mariana
Nós, Mariana, vamos apenas passar, como passam os rios, os anos — e o mistério maior ficará no nosso silêncio, na nossa mudez de trazer a fertilidade e a vida no corpo, e sermos tragadas pelo que geramos, como o escorpião que morde o seu próprio rabo.
Denise Alvarenga
O Pátio

28
Nova Mãe para o Freud
— Olha, não entendo bem o que acontece comigo desde que fiquei esperando o Freud. Vejo e ouço umas coisas estranhas sobre uma tal de Psicologia, educação dos filhos...
Esther Torinho
Blocos

27
A imaginação - segundo ato
— "Pai, galinha é um ser vivo? (...) Então, por que a gente come ela?"; "Por que o homem pode almoçar o peixe e o peixe não pode almoçar o homem?".
Fabiano dos Santos
O Pátio

26
A derradeira vez
Às vezes penso que seria melhor minha mãe ter parido um terno com gravata, todo engomadinho, ao invés de uma criatura como eu que teve de ser tirada a fórceps de seu útero.
Eduardo Loureiro Jr.
O Pátio

25
Um instante
Acidentalmente a memória arquiva pensamentos densos em lugares onde, normalmente, deveríamos guardar não mais do que delírios. Quantas vezes você ainda irá se preocupar se ao abrir os olhos encontrará tudo em seu devido lugar?
Carla Dias
Improvisos

24
Sucesso, eu acho
Saudade? Vazio? Que nada, nada que o sucesso pessoal não cure, nada que o reconhecimento profissional não vença, nada que a realização material não derrube. Nada.
Clarisse Ilgenfritz
Blocos

23
A imaginação - ato I
A criança é um ser imaginativo. Diferente de nós, adultos sabidos, sabe brincar com o mar sem precisar ir à praia. Sua cama é nave de navio ou de avião. Ela sabe tornar presente o que está ausente e o que é deixa de ser.
Fabiano dos Santos
O Pátio

22
No fundo, tudo é esterco
Difícil foi, para os adultos, entenderem, a partir dali, porque raios eu só comia abobrinha no almoço!? Se eu justamente odiava abobrinha! E por que não comia a carne, e o arroz, e o feijão? Nada!
Bibi Da Pieve
O Pátio

22
Gibiteca Henfil
O que uma Gibiteca pode oferecer na formação de uma criança, de um jovem: homens. Não há impostos que paguem pelos segundos que ganhei naquele lugar!
Fapolhas
O Pátio

22
CFCMG
Saíamos de salas diferentes em um mesmo corredor do CFCMG, no mesmo segundo. Um relógio suíço não seria tão exato quanto aquele momento em que nossas vidas se cruzaram.
Thiago Fon Seca
O Pátio

22
14 de maio
14 de maio de 1967 (domingo, dia das mães) — José Pedro leva sua esposa Emília para o hospital envolto num grande clima de expectativa e alegria: ela está grávida do seu segundo filho.
Paulo Meireles Barguil
O Pátio

21
A Bíblia II
ele falava da multidão incontável de fanáticos em torno desta nova escritura sagrada, da rejeição oficial da Igreja a essa Bíblia II, e de como gente que a lera declarou não conseguir mais voltar a ler a antiga Bíblia, como se aquela estivesse superada.
Paulo Bentancur
Blocos

20
Vou estar ali
Quando temos uma boa idéia, acreditamos numa coisa qualquer e vamos lá com tesão, tentar colocá-la em prática, até que a coisa se mostra inútil, impossível, ou alguém nos convence de que estamos sendo inadequados, inoportunos, ou equivocados.
Daniel Galera
Proa da Palavra

19
A outra noite
lá de cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia, e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Rubem Braga
Em comemoração aos 10 anos de morte daquele que é considerado o maior cronista brasileiro, o Crônica do Dia apresentará, todo dia 19 de cada mês, um texto de Rubem Braga. No dia 19 de dezembro, data de sua morte, serão publicados textos de cronistas atuais sobre o bom e velho Braga. Participe!

19
Legião dos Enchedores de Saco
Era voz de mulher. A pergunta "a dona da casa está?" me fez lembrar do que havia acontecido com minha irmã há umas duas semanas, e eu pude identificar a origem da chamada.
Abu Zadim
A Gréia

18
Coisas da esperança...
É a primeira vez que precisa deixar de ser ele para transformar-se em alguém que desconhece, mas que as pessoas já chamavam de seu futuro antes mesmo de ele começar a pensar
Carla Dias
Improvisos

17
Morando Num Provedor
Para que este provedor ficasse em nossa casa tínhamos alguns preços a serem pagos! Um deles, talvez o pior, era a quebra de privacidade. Tomei o cuidado de não alertar a Aninha sobre este problema, pois se ela percebesse, adeus aos planos!
Rpires
Blocos

16
Entre a sombra da árvore e a luz do passarinho
A verdade não é mais aquela casa de cimento e tijolo do terceiro porquinho. A verdade não é mais o castelo de Bastilha. Ela está mais para a casinha de palha do primeiro porquinho ou para os castelos de areia que a gente faz na praia com as crianças.
Fabiano dos Santos
O Pátio

15
Um resto de vida
Olhou para os lados, abriu a boca e gritou. Sim, apenas gritou. Obviamente as pessoas ao seu redor olharam, assustadas, admiradas, críticas. Olharam.
Daniele Espinosa
O Pátio

15
Parece até coisa de desenho animado!
estava eu num ponto de ônibus, eis que escuto, aos berros: — Lindo! Gostoso! Vitaminado! Espere aí! Vitaminado?! Nossa, fiquei indignado ao ouvir aquilo!
Fapolhas
O Pátio

15
Nem vem, neném, que não tem
A historinha verídica foi só para ilustrar, fazer uma caricatura do que eu tenho chamado de "síndrome do vende menos porque não é fresquinho, justamente porque vende menos."
Bibi Da Pieve
O Pátio

15
Sonhos perdidos
De longe parecia que ela, de costas pra ele e pra janela, chorava baixinho, pelo balançar dos ombros e o lencinho na mão, levado de tempo em tempo ao rosto. Ele, cabeça baixa e mãos atadas, parecia sofrer em silêncio.
Daniela Álvares
O Pátio

15
Aprendendo a (não) esperar
Chega de debates estéreis, de esforços para controlar a vida, os acontecimentos, as pessoas (seus valores, crenças e sentimentos).
Paulo Meireles Barguil
O Pátio

15
Blues turnaround
Ver que o tempo caminha adiante e ter a sensação de que todos os dias serão solitários e sempre à espera de alguém que parece que nunca existiu. Até quando?
Thiago Fon Seca
O Pátio

15
O jogo acabou
O bobo escapou do paraíso, vai olhar por cima dos seus ombros e vai chorar. Sentado, chateado e aborrecido, sem coragem e forças para perguntar o motivo.
Yvelize Wielewicki e Leonardo Ribeiro
O Pátio

15
Estilo de Cronistas
Há muitos que escrevem com estilo, com classe, chegando mesmo a envolver o leitor. Uns escrevem besteiras, outros implicam com a escrita dos demais, há quem escreve normalmente e tudo que escreve tem a dose de humor.
Romeu Marques da Silva
O Pátio

14
Segredo
— Temos que calá-los, poliglótico César! — E vós também, Petrus! Estou cansado de teus entreveros com o ministrum Serrarum! — Ah, esse não tem remédio. Parece o Romarium; uma hora joga no Flamengum, outra no Vascum. Não confieis nele, humílimo César!
Marcos André
Blocos

13
Dia dos Namorados
Pedro estava confuso. Demorou meses para que encontrasse a disposição e a oportunidade de dizer que amava Camila. Achava que ela estivera esperando por esta afirmação há muito tempo, que ele devia esta declaração.
Daniel Galera
Proa da Palavra

12
Namoranguinho
— Eu estava escrevendo um bilhete pra Daniela e não queria escrever nada errado. — Quem é Daniela? — A menina da escola por quem eu sou apaixonado. O pai sorri e decide dar mais atenção ao filho: — Está bem. Mostre o bilhete aqui pra eu ver como ficou.
Abu Zadim
A Gréia

11
Mudanças
Mudanças quase sempre são mundanas aos olhos de quem nunca tenta, não vai e aposta; perdendo a gente até se atreve a entender porque ganha, às vezes acaba até se comovendo ao perceber que nem sempre é tão fácil e quase sempre é pura sorte.
Carla Dias
Improvisos

11
Se seus olhos forem verdes, só me traga uma garrafa de Bourbon
Porque se o dia for azul e cinza a noite e as nuvens não tramarem os seus centauros, eu estarei bem. Mas e se o dia se acinzentar sem aviso? Nem a memória guardo mais, para correr o risco do assalto cotidiano do que poderia ter sido?
Whisner Fraga
O Pátio

10
Ônibus lotado
Tal qual roteiro de Nelson Rodrigues. São inúmeros casos e contos de amor e desejo que são desejados, mesmo que desajeitados em um simples ônibus lotado.
Eustáquio Braga (THACKYN)
Blocos

9
O homem que escapuliu
Em seus passos andam meus pensaventos. Ele carrega uma enorme tela apoiada no ombro por um barbante. O homem é anão, o que faz a tela ganhar uma proporção enorme no movimento de seu corpo. Mas, de onde ele vem?
Fabiano dos Santos
O Pátio

8
Rio Desejo
Diz o pé fincado que já morreu de velho, não tem mais utilidade. Mas o pé de lá, de lá do horizonte, grita se desejo lá nasceu pra ter serventia, que conversa fiada, e desejo não tem idade nem nada!
Bibi Da Pieve
O Pátio

8
O riso cearense - VIII
Seja no céu ou na terra, inúmeras coisas para lá de bizarras aconteceram nos últimos dias.
Paulo Meireles Barguil
O Pátio

8
O amor não dura nº 2
Almoçamos no restaurante planejado há anos. Não foi como esperávamos, talvez porque já sabíamos o que estaria por vir. Os olhos se encontravam serenos mas fugiam medrosos.
Daniela Álvares
O Pátio

8
O telefonema
— Oi. Sei que vai parecer esquisito, mas não desliga não, por favor. É que outro dia conheci uma garota, baixinha, cabelo comprido, etc. Só que ela me deu esse número mas não me disse o nome.
Daniele Espinosa
O Pátio

7
O amor na era tecnológica
já houve a era da oralidade, em que se utilizava de palavras como "pão"; a era zoológica, cujos resquícios ainda perduram, com a utilização de termos como "gato" e "gata". Mas creio que já entramos definitivamente na era tecnológica.
Esther Torinho
Blocos

6
A felicidade vive dentro de um tubo de cascola
E fiquemos felizes e sem nada pra fazer que nem dois piás cheiradores de cola. E falemos com as pessoas. Quero que elas me dêem cinco centavos, pois estou com fome.
Guilherme Pilla
Proa da Palavra

6
Carta pra Janyne (e outras cartas, um dia desses)
No remetente: Janyne Settler. Mistério. Dentro, três folhas de caderno preenchidas à mão. Assim que li a primeira linha, me lembrei de tudo. Eu tinha esquecido completamente dela, completamente. Como é possível?
Daniel Galera
Proa da Palavra

5
Quem quer saber o que quem sabe quis dizer?
Respondendo às perguntas sobre a letra de uma de suas próprias músicas, o máximo que Oswaldo Montenegro conseguiu atingir foi um 8 (oito). Fosse maior a concorrência e ele teria sido reprovado.
Eduardo Loureiro Jr.

4
Primeiro dia depois de ontem
Nem mesmo a lua-poeira tem força sobre o primeiro dia depois de ontem. Basta olharmo-nos de fora, ao menos um instante, para entendermos que é impossível recriar o que já foi repetidamente modificado pelos acontecimentos.
Carla Dias
Improvisos

4
Invenção e louco amor
Acontece que eu estava querendo um cafuné, nem pensava em passar disso, se passasse, beleza, lucro. Mas é difícil chegar numa mulher e pedir isso, simplesmente.
Whisner Fraga
O Pátio

3
Um dia de loteria
Bem, na morosidade daquela manhã o número mil cento e dezoito ficou como que pregado na minha cabeça. Comecei a achar que realmente deveria fazer o que nove entre dez brasileiros fariam. Jogar no número.
Clarisse Ilgenfritz
Blocos

2
De forma livre e pessoal
Andar na terra de pés descalços sem medo de bicho-de-pé e criar o sentimento das palavras com a mente, com o corpo, com a alma e, assim, ter uma história possível para lembrar ou para esquecer a todo momento.
Fabiano dos Santos
O Pátio


Apaixonadíssima!
Estou até com medo dessa brincadeira, porque ando plantando um amorzinho platônico em cada esquina.
Bibi Da Pieve
O Pátio


Por um mundo sem gavetas
A gaveta pode simbolizar desde a morosidade do estado, com os processos perdidos, até a própria organização da sociedade.
Renato Lellis
O Pátio


Eles voltaram
Não parou para falar com ela, não sorriu aquele sorriso brilhante, mostrou-se acuado. Por que fazemos tanto esforço para esconder o que sentimos?
Yvelize Wielewicki
O Pátio


Embriaguez - acabou a cereja!
Acabou a cereja. Carolina disse que não é época boa. Esquisito isso, né? Época boa... A gente também tem época boa, não tem?
Daniela Álvares
O Pátio


Benditos minutos
Enquanto lia, uma figura sentou-se a seu lado e ficou fitando-a. Lentamente e completamente sem graça, ela levantou o olhar e deparou-se com um lindo par de olhos fixos nela.
Daniele Espinosa
O Pátio


Uma crônica é um ovo! - II
Eis-me de volta ao batente, à calçada, à rede, ao cantinho da Crônica. Assuntos não faltam, afinal existem vários temas esperando um óvulo para darem o ar de sua graça.
Paulo Meireles Barguil
O Pátio

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